terça-feira, 22 de novembro de 2011

O estado da nação da saúde e exercício físico

No que respeita a treino, vê-se e ouve-se muita coisa, muitas invenções com aplicação duvidosa ou no mínimo bastante limitada e na minha opinião muito impulsionadas por um mercado que a par do geral da sociedade vive de novidades e floreados sem questionar o que as coisas trazem de novo ou acrescentam ao já existente.
Com esse mercado e tendência para o superficial e aparente, como a aparência do fitness ou da boa forma física em Português, entramos por um caminho em que aquilo que importa é ter um grupo de pessoas bonitas em cima de um palco a fazer uma sequência pré-coreografada ao som da música do momento, com o resto das pessoas “normais” a desejar parecer-se com as suas estrelas inspiradoras....
Com isto acaba por se dar pouca ou nenhuma importância ao que realmente interessa, que é o corpo, a forma como se move, a forma como responde aos estímulos e se adpata em função destes. Não se consideram as necessidades reais das pessoas, mas ao invés inventam-se receitas para a população média e aplicam-se a todos, mesmo até a nível do treino dito personalizado, que muitas vezes não é mais do que uma pessoa a aplicar a outra a mesma receita que aplica ao resto dos alunos ou a si própria, pois aparentemente resulta. Os profissionais ao nível das grandes cadeias e de uma forma algo generalizada são recompensados e avaliados pelo número de sessões que vendem e não pelos resultados que atingem com as pessoas, o que leva a um ciclo vicioso e ausência ou desleixo na formação e aprendizagem que podia levar a que se tornassem cada vez melhores profissionais. Ao invés temos pseudo-profissionais cada vez mais preocupados com a imagem e com a venda e menos com aqueles que deveriam realmente ajudar e que tem necessidades de que os seus personal trainers muitas vezes  nem se apercebem ou sabem reconhecer.
Há claro excepções como as que confirmam qualquer regra e felizmente tenho a possibilidade, sorte e também a opção de me inserir num meio em que se valoriza aquilo que é realmente importante. É nisto que acredito e isto que defendo enquanto profissional desta área. O caminho é por aqui, é preciso fazer a diferença e apostar na formação, qualidade e obtenção de resultados. Há um provérbio Chinês que diz
" se não sabemos para onde queremos ir, não há caminho nenhum que nos leve lá". Não é necessário saber o caminho todo mas sim ter uma ideia de onde se quer se chegar, o resto vai surgindo...